23 junho, 2011

Soul Dance Music

Quer aprender a dançar igual a galera do Quarteirão do Soul, que arrasa na pista? A oportunidade bate a sua porta: o Centro Cultural UFMG está com inscrições abertas para a oficina de Soul Dance Music. A atividade está acontecendo desde o dia 11 e permanece até o fim do ano, sempre das 10h às 11h30. 


A iniciativa tem o intuito de oferecer à comunidade de Belo Horizonte e região a oportunidade de aprender o Soul, os passos e trejeitos do ritmo, assim como são apresentados semanalmente no tradicional “Quarteirão do Soul” e mensalmente no Baile da Saudade em Venda Nova. Além disso, outros aspectos do movimento Soul serão abordados, tanto no campo artístico quanto no cultural e político, com presença de diferentes debatedores para movimentar as discussões.
 


Serviço:
Projeto Oficinas para Todos
Oficina de Soul Dance Music
Todos os sábados
De 10 às 11h30.
Inscrições gratuitas
Informações: (31) 3409-8291

18 junho, 2011

Programa de estreia já está no ar

É com muita alegria que compartilhamos a primeira edição do Rolé- Cultura e Cidadania com vocês. Assistam, comentem e divulguem!

17 junho, 2011

BH Eventos

O Portal BH Eventos também destacou o lançamento do programa Rolé - Cultura e Cidadania.


Guia Entrada Franca

O portal Guia Entrada Franca destacou a exibição do Rolé - Cultura e Cidadania, no dia 18 de junho. 


Site da Newton Paiva

No dia 17 de junho, o site do Centro Universitário Newton Paiva destacou a iniciativa dos idealizadores do Rolé - Cultura e Cidadania e convidou os alunos da faculdade para comparecerem na sessão de estreia do programa, na comunidade do Alto Vera Cruz.

16 junho, 2011

PLAY: O programa vai começar

Por Marquelle Camargos

Abhay Charam em companhia de seu irmão Vinícius registra feirinha do Alto

O primeiro programa Rolé – Cultura e Cidadania terá em seu conteúdo elementos de graffiti, música, poesia e cliques fotográficos A primeira exibição já está marcada: será no próximo dia 18, às 14h, no Centro Cultural Alto Vera Cruz, comunidade retratada no programa de estreia.

Vinícius, Felipe, Shirley e Marquelle atrás da lente clicando todos
Com onze minutos de duração, o vídeo fecha o ciclo de seis meses de trabalho conjunto entre jovens da comunidade e a equipe do Rolé. Ambos se reuniram para colocar em prática um projeto idealizado em 2010, que visa mostrar a periferia de Belo Horizonte e região metropolitana por meio do olhar de seus moradores. 

Para que todos se sentissem representados pelo programa, as histórias e o conteúdo retratam o universo de crianças, jovens, adultos e idosos. Tem música ao som de flautas, tambores e berimbaus, para alegrar a garotada. Arte de rua com um rolé pelo bairro com o graffiteiro Abhay Charam. E a história do Alto Vera Cruz nas palavras de Maria Isabel Carlos, poetisa semianalfabeta vencedora de diversos prêmios com seus versos. E você, está esperando o quê pra "cair de cabeça" no universo da cultura de periferia? Vem gente!   


Serviço:

Data e hora: 18/06, às 14h
Local: Centro Cultural Alto Vera Cruz
(Rua Padre Júlio Maria, 1.577, Alto Vera Cruz)
Ônibus: Linhas 9407 ou 901
Informações: roleculturaecidadania@gmail.com


Convites audiovisuais: 








11 junho, 2011

Release:

ROLÉ NO ALTO VERA CRUZ

Programa sobre cultura da periferia é exibido no Centro Cultural
da região leste de Belo Horizonte

Grafite, poesia e música estão reunidos no programa Rolé – Cultura e Cidadania, que terá sua exibição de lançamento no dia 18, às 14h, no Centro Cultural da comunidade tema dessa primeira edição: o Alto Vera Cruz. Localizado na região leste de Belo Horizonte, o aglomerado tem uma efervescência cultural que se destaca na capital mineira, tanto pelas ações e projetos culturais quanto pela quantidade dos trabalhos artísticos.

O programa, de onze minutos, é resultado de seis meses de trabalho conjunto entre jovens da comunidade e universitários, graduandos em jornalismo. A proposta foi retratar a cultura local através do olhar dos moradores. Utilizando a máxima do cinema novo “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”.

Entre os “achados” do Alto, está Maria Isabel Carlos, 73 anos, poetisa semianafalbeta, que ganhou diversos prêmios com seus versos e que tem poemas publicados em uma coletânea editada pela Ong Favela É Isso Aí. Além disso, Isabel faz parte do Meninas de Sinhá, grupo de senhoras que resgatam antigas cantigas de roda e que tem reconhecimento nacional pelo trabalho desenvolvido. Dona Isabel também se destaca por ser uma das moradoras mais antigas do aglomerado e ter muita história para contar. Porém, quem conduz o programa é o grafiteiro Abhay Charam, 18, que faz um retrato do Alto Vera Cruz, registrando tudo em vídeo.

Oficinas de música, como Alto Batuque e Orquestra de Berimbau, também são pautas do programa. Para a trilha sonora do Rolé, a rapper Jéssica Cristina compôs uma letra que reflete sobre as manifestações artísticas da comunidade. Já o cantor Flávio Renegado emprestou a canção “Vera”, que é uma declaração de amor do músico para a comunidade que o criou.

Sobre o projeto
O Rolé - Cultura e Cidadania foi produzido em parceria com moradores do Alto Vera Cruz e retrata a produção cultural ali existente. Mesclando características de WebTV e documentário, o projeto criou um canal para que os jovens participassem como produtores de conteúdo crítico. O programa surgiu como projeto de conclusão de curso de um grupo de acadêmicos de jornalismo do Centro Universitário Newton Paiva.

Serviço:
Data e hora: 18/06, às 14h
Local: Centro Cultural Alto Vera Cruz 
(Rua Padre Júlio Maria, 1.577, Alto Vera Cruz)
Ônibus: Linhas 9407 ou 901
Informações: roleculturaecidadania@gmail.com

Convite em audiovisual:

10 junho, 2011

Do duelo à festa


Coletivo Família de Rua é responsável pelo fortalecimento da cultura hip hop em BH
Por Shirley Pacelli
Se nas tradicionais noites de sexta-feiras eles se duelam debaixo do Viaduto Santa Tereza, hoje será diferente: os MCs se unem para festejar o lançamento do projeto “O Som que Vem das Ruas”, que consiste num disco, com canções compostas especialmente para o trabalho, e com um documentário que conta a história do Duelo e do MC (Mestre de Cerimônia). O palco do Lapa Multshow será o cenário dessa celebração e por ele diversos  MCs, DJs convidados e dançarinos de hip hop irão se apresentar.

“O Som que Vem das Ruas” é resultado de quatro anos do “Duelo de MCs”, produzido pela Família de Rua na capital mineira. O material duplo, CD e DVD, registra a produção inédita de 23 artistas, MCs e produtores musicais que tiveram participação mais ativa durante este período. O CD tem 12 músicas gravadas por produtores da cena independente da cidade, entre eles Gurila Mangani, Coyote Beatz, Eazy-CDA e Giffani. Quem assina a direção musical é o DJ Roger Dee. O DVD, por sua vez, traz um documentário sobre a história da cultura hip hop em Belo Horizonte desde a década de 1980.
Atrações —  O coletivo Família de Rua preparou uma programação especial para esta noite, com destaque para os shows dos MCs Simpson Souza (campeão da “Liga dos MCs nacional” em 2007), Vinição, Dinn e Pedro Vuks, que tem reconhecimento nacional. Além deles, haverá apresentação dos artistas que integram o CD, de Poppers, Lockers e B.Boys (dançarinos), performance do quarteto de DJs Ressonantes e discotecagem com os DJs LB, Junin e Deivid.  

Todos reunidos  — Nilrec, Simpson, Digô, Leozin, Destro, Fabrício FBC, Kdu dos Anjos, Din, Inti, Vinição, Pedro Vuks, OZ, PDR, Monge, Roger Dee, Giffoni, D.N.T, Eazy-CDA, Enece, Coyote, Gurila Mangani, Brisaflow, Dmorô. 
    

Serviço:
Ingressos: R$ 10 (no local)
Lapa Multshow – Rua Álvares Maciel, 312, Santa Efigênia

Informações:
(31) 8587-7762/ (31) 8896-5965/ (31) 8391-3399


Das ruas para os jornais:

Teasers por capítulos, uma boa ideia:







05 junho, 2011

Nas ruas do Alto Vera Cruz

"Zebrinha", batizada de Chiquinha, estampou o teaser do Rolé - Cultura e Cidadania

Por Felipe Pedrosa
Há uma semana, nós do "Rolé - Cultura e Cidadania", divulgamos o primeiro teaser do programa, que vai estrear este mês, no You Tube. Depois de diversos acessos, alguns internautas questionaram se o animal que aparece no teaser é realmente uma zebra. Na verdade, não! O senhor, que por falha nossa não lembramos o nome, faz as listras na mulinha, batizada de Chiquinha, há anos e roda diversos bairros da região leste de Belo Horizonte.

Cobrando uma taxa de R$ ,ele permite que crianças, jovens e idosos tirem retrato ao lado, por baixo e sentado na Chiquinha ganhando assim, o seu pão de cada dia. Foi durante essas caminhadas do velho adestrador de "zebras" que o grafiteiro Abhay Charam filmou a artista, que, sem dúvida, chama a atenção por onde passa. Depois de percebemos todo o estrelado da Chiquinha, não tinha como deixá-la de fora da nossa primeira produção audiovisual.

Aproveite os 12 segundos ao lado da "zebrinha" pocotó!


03 junho, 2011

“Todo artista tem de ir aonde o povo está”


Oito pontos distintos em Belo Horizonte recebem espetáculos teatrais gratuitos

Por Felipe Pedrosa
Ocupando espaços públicos e privados de Belo Horizonte, algumas companhias teatrais preocupadas com a democratização da cultura  principalmente com as artes cênicas  se espalham pelos cantos da capital mineira e apresentam um total de seis peças, sendo apenas uma delas voltada para o público adulto. Entre o clima bucólico de algumas praças e o ambiente acalentador dos teatros, os mineiros poderão conferir releituras de clássicos, como em "Macunaíma", e interagir com os artistas, proposta da peça "A Fantástica Floresta". 

Adulto
O Teatro Andante, que comemora 20 anos de trajetória neste ano, sobe até o Alto Vera Cruz, na região Leste de Belo Horizonte, e apresenta o espetáculo “A História de Édipo”. A peça, que narra a saga de um filho que sem saber se apaixona pela própria mãe, será encenada sábado, dia 4, às 19h, na praça do Posto do Centro Cultural Alto Vera Cruz ( rua Padre Júlio Maria, 1.577, Alto Vera Cruz). Já no domingo, dia 5, os artistas descem até o Centro Cultural Padre Eustáquio (rua Jacutinga, 821, Padre Eustáquio) e apresentam o mesmo enredo, às 17h30.

Infantil
"Mais Alto que a Lua" é atração para as crianças
A peça “Mais Alto que a Lua”, que mostra o olhar de um simples trabalhador sobre a ocupação da cidade, invade dois diferentes espaços neste fim de semana. No sábado, dia 4, às 11h, a praça Duque de Caxias, no Santa Tereza, vira o picadeiro dessa trupe. Já no domingo, dia 5, às 16h, é a vez dos artistas desembarcarem na praça da Saúde, no Grajaú.

Baseada na obra “Macunaíma”, do escritor Mário de Andrade, a peça “Makunaíma na Terra de Pindorama” será a atração da praça Raul Soares, próximo ao edifício JK, no centro de Belo Horizonte. O espetáculo, que começa às 20h, será encenado no sábado, dia 4.

Com direção de Eid Ribeiro, “Os Três Patéticos” conta a saga de três amigos responsáveis por uma central de distribuição de recursos naturais. Porém, eles não são nada normais. A peça está em cartaz no Teatro Marília (av. Alfredo Balena, 586, centro), nesta sexta, dia 3, e no sábado, dia 4, sempre às 20h30.

O Ponteio Lar Shopping (BR-356, 2.500, Santa Lúcia) recebe no sábado, dia 4, às 11h, a peça “A Fantástica Floresta”, que narra a história de um garotinho que conta com a ajuda do público para encontrar seu avô pela floresta.

A saga de um colecionador de objetos que descobre diferentes personagens com seus bonecos é o mote da peça “O Construtor do Imaginário”, que ocupará o Teatro Dom Silvério (av. Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi), domingo, dia 5, às 16h. O espetáculo conta com a direção de Bernardo Rohrmann e Renata Franca.

01 junho, 2011

#Promoção1

Da Redação

Salve salve amigos do Rolé – Cultura e Cidadania. Em pouco mais de um mês, as redes sociais (Blog, Twitter e o Orkut) possibilitaram o nosso contato com diferentes produtores e consumidores de cultura. Logo, conversamos com pessoas de todo o Brasil e fizemos algumas parcerias, como as fotos do MV Bill, da Pretona Cufa BH (Priscila Chagas), na matéria "Domingo Conectado".

O #Rolé quer te presentear
com este disco.
Sendo assim, queremos presentear você com o disco “Vielas Líricas”, do cancioneiro, nascido e criado em Minas Gerais, Seu Ribeiro. Com 10 faixas, o disco retrata de maneira poética e sutil acontecimentos do nosso dia-a-dia.

Como participar. Quando o nosso perfil no #Twitter (@role_cultura) estiver totalizando 100 seguidores vamos soltar uma pergunta sobre o Seu Ribeiro. O primeiro a responder levará o disco sem nenhum custo. A equipe do #Rolé se responsabilizará em entregar o prêmio em mãos ou enviar pelo correio.

E aí, vai ficar fora dessa?

29 maio, 2011

Domingo Conectado

Desligamos a televisão e plugamos o computador no Palco Hip Hop ao Vivo


Por Shirley Pacelli

Zaika roubou a cena com a sua voz
Frio, domingão e você sem grana até para o bus. Tem jeito de salvar o dia? Claro que sim. A resposta é: Palco Hip Hop ONLINE. Isso mesmo! No último domingo, dia 22, lembrada pelos colegas do Twitter do Conexão Vivo, curti diversos shows na telinha do computador. Vá lá que se o Barreiro fosse mais pertinho dava um jeito de ir a pé pra sentir a energia do Hip Hop junto das 5 mil pessoas que marcaram presença no local. Mas, como para mim não é, foi muito massa acompanhar os shows na web.

Das bandas que subiram ao palco, minha atenção se voltou para Zaika, cantora de Contagem, de 23 anos e há treze em carreira. A voz forte, o som com mescla de rap, dub e reggae, aliados a sua presença marcante no palco, me caíram muito bem.

Em seguida, a turma do S.O.S Periferia, velhos conhecidos do público desde a década de 90, provou a que veio e agitou a galera com o novo CD “Metamorfose”, lançado recentemente. E claro, não podia faltar o Duelo de MCs antes da grande atração da noite. Monge Mc fez as honras da casa e mediou a batalha. Alto nível de improvisação e a galera na vibe garantiram o sucesso do duelo. Uma briga de mulheres tentou atrapalhar o movimento, mas a própria plateia atenuou os ânimos exaltados e separou as “barraqueiras”. Um “Zé povinho” também ensaiou uma vaia para um dos participantes, mas a galera reafirmou que o combate tinha como objetivo principal promover a cultura hip hop. Segregação é contra as regras. 

Assim, o Palco Hip Hop foi caminhando para o fim. Mas, não terminou por aí! Estava faltando “só mais um maluco” para fechar a noite.

“SÓ DEUS PODE ME JULGAR”

Pretona Cufa/BH clicou cada movimento do rapper carioca

Por Felipe Pedrosa
Fotos: Pretona CUFA BH 

Imponente, MV Bill adentrou o Palco Hip Hop e provou porque veio à Belo Horizonte. Mais que um show, o carioca, nascido e criado na Cidade de Deus, dilacerou as ideias com suas rimas fortes e diretas, além de provar que ele bebe da cultura pop, mas a cultura pop não desvaloriza seu trabalho. Isso fica claro depois das suas incursões pela Rede Globo, como em “Malhação” e a Dança dos Famosos, no “Domingão do Faustão”, e o seu recente disco “Causa e Efeito”.

Por falar em programação dominical na televisão, quem desligou a caixa preta e embarcou para o Barreiro ou ligou o computador no canal do @conexãovivo teve a oportunidade de ver MV Bill abrir o show com “Causa e Efeito”, música que dá título ao seu último trabalho e culminou num vídeo clipe que crítica alguns filmes nacionais. Com a certeza que para mudar é preciso mais que um discurso, o cara partiu para a canção “Soldado do Morro” que, se não me falhe a memória, foi o seu primeiro grande sucesso. Narrando a história baseado em diversos fatos reais, MV Bill improvisava alguns versos e permaneceu “Traficando Informações”, do seu disco de estréia, lançado em 2000.

Voltando ao seu recente trabalho e acompanhado da sua irmã Kmila CDD, Bill garantiu que “O Bonde Não Para”. Dessa forma, ele seguiu transitando entre as faixas dos seus quatro discos e permaneceu invicto no palco, movimentando não só o esqueleto do público, mas o cérebro, que recebeu doses cavalares de ideias e pensamentos. 

Embora o Conexão Vivo tenha arrasado com a transmissão online, no final um black tomou conta da tela do PC. No Twitter, os seguidores perguntavam o que estava acontecendo e, enquanto isso, apostamos nossas fichas que o MV Bill fecharia o show com a clássica “Só Deus Pode me Jungar”, confirmação que veio minutos depois através de alguns amigos internautas.

Bill passeou por canções dos quatro álbuns da carreira
Repertório do show:
“Causa e Efeito”;
“Soldado do Morro”;
“Traficando Informação”;
“O Bonde Não Para”;
“EMIVI”;
“Falcão”;
“L.Gelada – 3 da Madrugada”;
“Camisa de Força”;
“Junto e Misturado”;
“Marginal Menestrel”;
“Estilo Vagabundo 1”;
“Só Deus Pode me Julgar”.

ALÉM
A ideia da transmissão ao vivo na rede é uma grande sacada. Assim, quem está longe pode curtir o evento. É dessa fonte que o “Rolé - Cultura e cidadania” bebe. Assim as periferias espalhadas pelo Brasil poderão acompanhar a cultura que movimenta a grande Belo Horizonte. (Shirley Pacelli)


PALCO HIP HOP
A efervescência cultural de Belo Horizonte se reflete na criação de projetos de valorização da cultura da periferia, como o Palco Hip Hop, que realiza integração entre grupos e artistas locais e nomes já consagrados da cena nacional. Tudo isso a partir da criação de um espaço para troca e interação. Além das apresentações artísticas, há oficinas, debates e palestras. Segundo a assessoria de imprensa do Conexão Vivo, uma nova edição do projeto está prevista para acontecer em julho, no Morro das Pedras.(Felipe Pedrosa)



Confira a contagiante apresentação da Zaika no Palco Hip Hop:

 

28 maio, 2011

Conexão no Parque

Da Redação

Última hora para você colocar o tênis, a calça, um agasalho maneiro e cair para o Parque Municipal. Lá, desde quarta-feira, está rolando shows peculiares e reunindo uma galera bonita e com a mente aberta para novos sons.

Hoje, a partir das 19h30, o ambiente bucólico do parque recebe Babilak Bah, com Juarez Moreira, Senta a Pua!, com o carioca Eduardo Neves, o soul funk do Black Sonora, com o convidado Di Melo, os mineiros do Graveola e o Lixo Polifônico, que recebem o mestre Jards Mcalé, e para encerrar a noite o rapper Renegado, do Alto Vera Cruz, divide os vocais com a cantora Maria Alcina.

Rapper do Alto Vera Cruz é atração no Conexão Vivo 

Serviço:
O quê? Conexão Vivo
Quando? Hoje, 28 de maio, a partir das 19h30
Onde? Avenida Afonso Pena, s/nº
Quanto? Gratuito, mediante apresentação da mensagem de livre acesso, ou R$ 10 (inteira)

26 maio, 2011

Cultura africana no Alto

Por Marquelle Camargos

Durante a peça "O Negro, a flor e o rosário"
Dança, música e cultura afro-brasileira foi o que apreciamos em nossa segunda visita ao Centro Cultural Alto Vera Cruz. Com roteiro e direção de Maurício Tizumba, a peça “O Negro, a flor e o rosário” contou, cantou e encenou parte da cultura africana. Tizumba, acompanhado de nove atrizes, levou aos moradores do Alto um pouco mais de conhecimento dos povos que são as raízes da história do nosso país.
Maravilhoso chegar ao Centro Cultural em pleno domingo à tarde e encontrar a platéia lotada. Estavam presentes pessoas que dias depois seriam nossos personagens e parceiros para a produção do "Rolé - Cultura e Cidadania", em breve no ar! Dona Pretinha e suas netas, Wellington e seu grupo de dança, o Calanga, jovens que integram os grupos musicais Alto Batuque, Fanfarra e Orquestra de Berimbau e, claro, Dona Isabel. Foi ali que vimos pela primeira vez a nossa poetisa. O desenho dela, usando um colar de pérolas no folder da programação do Centro, não deixaram dúvidas.
A história de vida, a cultura produzida, as superações, a simpatia e a alegria de viver fizeram com que ela se tornasse o personagem central do primeiro programa.
Ao final da apresentação, partimos para os primeiros contatos com as pessoas que, indicadas pelo Wellington, poderiam de alguma maneira contribuir para o projeto.
Público, viu, gostou e aplaudiu no fim da peça
MAURÍCIO TIZUMBA 
O multiartista mineiro começou a carreira há trinta e três anos. Um dos principais apoiadores da arte afro, ele trabalha para manter a herança africana viva e agrega essa cultura nas suas música, danças, passagens pela TV, peças teatrais e produções cinematográficas. Mais infirmações sobre o artista em: http://www.tizumba.com/

23 maio, 2011

A arte da decupagem

Por Markleny Minas


“Escrever é cortar”, já dizia Marques Rebelo. Entretanto, no audiovisual o processo de editar se resulta na arte de cortar e colar. Transformando assim, as cenas do vídeo em uma sequência. O planejamento das imagens e o plano a ser usado, para dar sentido ao programa, é algo minucioso e que tomou boa parte do tempo da equipe do “Rolé - Cultura e Cidadania”.

Quando o grupo se viu diante do vasto material, começou a missão quase impossível de editar o programa. Com mais de duas horas de gravações, tínhamos que montar o "Rolé", que, inicialmente, teria seis minutos. Assim, resolvemos aumentar o vídeo para 10. Mesmo utilizando essa possibilidade de adicionar mais alguns minutinhos, estávamos com o dobro do tempo somente com a entrevista da Dª Isabel. Ou seja, era preciso cortar muito para que as outras cenas do programa entrassem.

Dessa maneira, a pergunta “será que é preciso aumentar mais o tamanho do programa?” tomou conta do pensamento da equipe. A resposta foi unânime: não, pois, como ele será exibido no YOU TUBE corríamos o risco da qualidade do vídeo ser baixa. Além de constatar que mais de dez minutos é muito tempo para você, internauta, ficar assistindo.

Com o “problema”, teoricamente resolvido, era preciso elaborar a vinheta e decidir se era necessária a presença de um apresentador. Sem esquecer, claro, do limite de 10 minutos. “Será que conseguimos?”, vocês devem estar se perguntando. Então, acompanhe o “Rolé – Cultura e Cidadania” nas redes sociais e fique ligado, pois, logo o programa estará na rede.

20 maio, 2011

Em Casa

Os quatro elementos do Hip Hop (DJ, Rap, Graffiti e Breakdance) no seu lugar de origem


Por: Felipe Pedrosa

O discurso não é novo. “O Hip Hop pode ocupar todos os espaços e ser agente questionador, formar jovens para a cidadania, trazer reflexão...”, disse Victor Magalhães, idealizador do Palco Hip Hop, no material de divulgação. Porém, a preocupação em valorizar a cultura da periferia e promover eventos no seu próprio celeiro criativo é algo que ainda está sendo construído. Por isso, Magalhães defende a descentralização de alguns movimentos culturais, como o “Palco Hip Hop”, e o investimento nas periferias de Belo Horizonte: “As regiões com menos acesso a equipamentos públicos ficam isoladas de eventos culturais e ao contrário do que muitos pensam, elas possuem uma boa estrutura e um público sedento por essas manifestações”.

Afirmação comprovada depois da ocupação na Barragem Santa Lúcia. Agora, está na hora de investidores e ações públicas valorizarem a cultura da periferia e elaborem novos eventos. “Precisamos articular isso ainda mais e mostrarmos para a cidade a importância dessas manifestações e lutar para conseguirmos políticas públicas que fomentem o Hip Hop em Belo Horizonte”, defendeu Magalhães, ao citar o Palco Hip Hop, projeto que, desde quinta-feira, dia 19, está promovendo debates, palestras e oficinas na região do Barreiro.

RAP PRA ACABAR

MV Bill apresenta o disco "Causa e Efeito" no Palco Hip Hop
Depois de ministradas as oficinas de graffiti e dança de rua, chegou a hora do “Palco Hip Hop”, ainda na região do Barreiro, receber o peso das rimas e o embalo dos samplers. Domingueira, dia 22, o mestre de cerimônia Monge MC vai comandar o gran finale do evento com a presença de DJs, grupos de dança e diversos MCs, entre eles MV Bill, que apresenta o disco "Causa e Efeito", de 2010, o S.O.S Periferia, que mistura rap, reggae, ragga e dub, e a, não menos importante, Zaika, que desde os 10 anos manda bem com os timbres vocais. 

Serviço:
O quê? Palco Hip Hop
Quando? Domingo, 22 de maio, a partir das 14h
Onde? Avenida Vaz de Melo – em frente a Puc do Barreiro
Quanto? Gratuito

14 maio, 2011

Invasão na Barragem Santa Lúcia

Barragem Santa Lúcia, região Centro Sul de Belo Horizonte
por Felipe Pedrosa

Depois de ocupar a praça do Papa, região  nobre de Belo Horizonte, no último fim de semana, o Conexão Vivo 2011 desembarca na Barragem Santa Lúcia, no Centro Sul da capital mineira, mais precisamente no Morro do Papagaio, local que começou a ser ocupado na década de 40 e impressiona pelo visual exuberante.

Para embelezar os ouvidos, o evento traz no sábado, dia 14, a partir das 15h30, o grupo UAKTI, que constrói instrumentos musicais, o Grupo Curupaco e o músico Rafael Martini, que convida a dona de uma linda voz Titane. Para dar sequência ao rolé musical, o cantor Tom Nascimento sobe ao palco na companhia do paraibano Chico César.

Emicida faz show no domingo
No domingo, dia 15, também a partir das 15h30, a galera pode esquecer o “Domingão do Faustão” e mais uma vez apreciar sonoridades na Barragem. Para iniciar o movimento, Humberto Junqueira, artista da Mostra Nova Música Instrumental Mineira, convida o músico Flávio Henrique. Ainda sobe ao palco do Conexão Vivo, as musas Babaya, Lu e Celinha, que recebem o mineiro romântico Vander Lee, Maurício Tizumba, Tia Nástacia e os percursionistas argentinos do La Bomba Del Tiempo. Claro que não poderia faltar a presença do hip hop, o Emicida, cara que está detonando nas rimas, também dá as caras no morro do Papagaio.

NO YOU TUBE
Durante a produção do vídeo clip "Rua Augusta", o rapper Emicida e toda sua tropa de artistas registraram um matérial ímpar, que resultou na montagem do mini documentário "Além da Rua Augusta", que está disponível no You Tube. Aperte o play!



02 maio, 2011

Desabafo

Por Shirley Pacelli
 
“A felicidade é um muro branco”
John Howard



Abhay Charam em  intervenção de grafite no Alto Vera Cruz

Conferindo os tuítes dos seguidores do “Rolé- Cultura e Cidadania” me chamou a atenção uma postagem do @f_santos sobre um “papo ruim” do jornalista Ruy Castro sobre grafite e arte de rua. Fui ler a coluna do escritor na Folha de São Paulo, publicada no dia 27 de abril, e me decepcionei imediatamente, a começar pelo título. Com o nome de "Arte" compulsória, o caro senhor já começa mal por aí. Escreve arte entre aspas o que sugere que para ele a ARTE DE RUA (assim, em caixa alta e imponente) não tem gabarito para tal denominação. Além disso, o “compulsória” já define a ideia que ele vai tentar emplacar no percorrer do seu texto: uma arte obrigatória.

Num texto preconceituoso, o Ruy Castro enumera os motivos pelos quais o grafite deveria ficar isolado em instalações. O jornalista ainda consegue, de uma forma negligente, associar a arte de rua à criminalidade. Como formador de opinião os profissionais da imprensa devem ter zelo com o que publicam.

A “coisa”, como ele chama o grafite, é responsável por uma espécie de democratização da cultura. Todos podem ser artistas e todos podem contemplar as obras. Os grafites não “emporcalham” a cidade como este caro senhor afirmou. Eles dão cor às selvas de pedras, onde somente o cinza predomina, como São Paulo.

Os murais da capital paulista, inclusive, atraem turistas. A Vila Madalena é o reduto desta manifestação e vale uma visita. Pena que tem gente da própria cidade que não sabe valorizá-los.

Foi com essa “coisa” de grafite que artistas como “Os Gêmeos” e Eduardo Kobra ganharam reconhecimento e o mundo. Em Belo Horizonte, Dalata e Hyper divulgam o talento mineiro. Além disso, existem pessoas que transformam através do grafite, a exemplo do Tiago Dequete, arte-educador belo-horizontino que conscientiza crianças através do spray.

Sobre não ter o direito de não ver os muros grafitados, questiono ao Ruy Castro: e quem não quer consumir? Como fazer diante de tanta propaganda? Estas sim acabam com o visual de uma cidade.

Um anônimo em um post por aí disse sobre Ruy Castro: “Seu tempo já foi. Se tranca em casa”. Diante de tanta ignorância, sei não, pode ser uma boa ideia...

29 abril, 2011

O anjo nos aponta o caminho

Por Shirley Pacelli 

Dizem que no Brasil o ano só começa depois do carnaval. Nós comprovamos essa tese. Vários encontros com grupos culturais do Alto Vera Cruz foram marcados e remarcados diversas vezes. O motivo? A turma estava ensaiando pra fazer bonito no desfile de BH. Achamos uma brecha na agenda dos grupos e conseguimos enfim fazer nosso primeiro contato ao vivo com o pessoal no fim de fevereiro. A equipe do “Rolé - Cultura e Cidadania” se reuniu na minha casa, no Santa Tereza, e seguimos para o Taquaril. Taquaril? Como assim? Já explico. O Conjunto Taquaril e o Alto são espécies de comunidades “irmãs”. O Taquaril foi formado por pessoas que não encontraram mais espaço de moradia no Alto e ocuparam o terreno vizinho. O curioso é que as mulheres das famílias é que construíram as casas. Os maridos saíam para o trabalho e elas colocavam a mão na massa, literalmente. Isso para evitar que outro lhe tomasse o terreno.  

Neste dia haveria o lançamento do projeto “Ponto de Memória” no Conjunto. Apresentações musicais, mostra de um vídeo da comunidade há dez anos e um “varal da memória” composto por antigas notícias sobre o local fariam parte da programação. No caminho nos perdemos e quase chegamos sem querer ao mirante do Taquaril (lugar lindo que a gente conta em outro post). Depois de algumas informações no caminho, chegamos à praça. Uma chuvinha fininha começou a cair...  

De longe reconheci Welligton Pedro, mobilizador cultural do Centro Cultural Alto Vera Cruz, o nosso anjo. Já havia clicado ele em apresentações do grupo de dança afro Calanga, quando ainda cobria eventos pela Regional Leste. Debaixo de uma árvore e com seu filho indo e voltando de brincadeiras em nosso entorno, Welligton conversou com o grupo. Em cinco minutos de bate-papo ele nos sugeriu pautas para mais de um programa. Aos poucos nos apontou diversos caminhos e possibilidades de produção.  

A primeira pessoa de quem ele nos falou foi Dona Isabel Carlos, hoje “a nossa poetisa”. Ele nos contou que ela é uma moradora antiga do Alto, que fazia parte das “Meninas de Sinhá” e que apesar de ser semi-analfabeta havia ganhado prêmios com seus versos. Também nos falou de grupos de capoeira, samba na Escola Israel Pinheiro, oficina de cinema “Sabotage” e da turma do grafitti. O Centro Cultural desde o início foi oferecido para sediar os encontros.  

Após a nossa “reunião”, nosso anjo se distanciou para ajudar outras pessoas da organização a montar a estrutura do evento. Mais tarde os homens presentes, Felipe Pedrosa e Bruno Alves, também se juntariam ao grupo para montar uma tenda.

A tarde se foi e com ela também nos despedimos. Muitas outras visitas seriam feitas daquele dia em diante, mas desta vez lá no Alto.

27 abril, 2011

Surge um anjo

Por Marquelle Camargos


Biblioteca do Centro Cultural Alto Vera Cruz
Dar início a um trabalho de campo nunca é fácil. Não seria diferente para nós meros estudantes de jornalismo dispostos a produzir um programa direcionado para uma nova mídia, trabalhando um tema popular: as favelas e aglomerados de Belo Horizonte e região metropolitana, mas com foco diferente daquele apresentado pelos veículos de comunicação tradicionais. As dúvidas começaram quando tivemos que selecionar uma única comunidade para ser o foco do trabalho. Depois de muitas conversas, pesquisas e análises, o Alto Vera Cruz foi escolhido.
Partimos então para a ação e mais uma vez nos deparamos com dificuldades. Com quem falar? O que procurar? Como nossa ideia seria recebida? Mas estas e várias outras perguntas foram respondidas quando entramos em contato com o Wellington Pedro, mobilizador cultural do Centro Cultural Alto Vera Cruz, e, a partir de então, nosso “anjo da guarda”.

Em fevereiro tivemos nosso primeiro encontro com ele na praça Che Guevara, no Taquaril. Lá estava sendo organizado o evento de lançamento do programa “Ponto de Memória do Taquaril*”. Em poucos minutos de conversa nosso “anjo” lançou diversas pautas para o programa e contou de forma simples a trajetória do Alto e do Taquaril, comunidades distintas com histórias entrelaçadas. A partir deste dia Wellington passou a ser nosso elo com a comunidade e os responsáveis por movimentos culturais.

* Os Pontos de Memória foram criados pelo Ministério da Cultura e têm o objetivo de preservar a memória das comunidades e dos diversos grupos da sociedade civil.